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O que é: Yama e Niyama (princípios éticos do yoga)

O yoga é uma prática milenar que busca a integração do corpo, mente e espírito. Além das posturas físicas, conhecidas como asanas, o yoga também envolve uma série de princípios éticos que guiam o praticante em sua jornada de autoconhecimento e transformação. Dois desses princípios são conhecidos como Yama e Niyama, que representam um conjunto de regras morais e comportamentais que devem ser seguidas pelos yogis. Neste glossário, vamos explorar em detalhes o significado e a importância desses princípios no contexto do yoga.

Yama: os princípios éticos do yoga

O Yama é o primeiro dos oito membros do yoga, conhecidos como Ashtanga Yoga. Ele representa os princípios éticos que devem ser seguidos pelos praticantes de yoga em sua vida diária. Existem cinco princípios que compõem o Yama: Ahimsa, Satya, Asteya, Brahmacharya e Aparigraha.

Ahimsa: a não-violência

Ahimsa é o princípio da não-violência, que envolve não causar dano físico, emocional ou mental a si mesmo ou aos outros. Isso inclui não apenas ações físicas, mas também palavras e pensamentos negativos. O praticante de yoga deve cultivar a compaixão, o respeito e a empatia em todas as suas interações, buscando sempre a harmonia e a paz.

Satya: a verdade

Satya é o princípio da verdade, que envolve a honestidade e a sinceridade em todas as situações. O praticante de yoga deve ser verdadeiro consigo mesmo e com os outros, evitando a mentira, a falsidade e a manipulação. A prática da verdade leva à clareza mental e ao desenvolvimento de relacionamentos autênticos e saudáveis.

Asteya: a não-roubo

Asteya é o princípio da não-roubo, que envolve não tomar o que não nos pertence. Isso vai além do roubo material e inclui também o roubo de tempo, energia e atenção dos outros. O praticante de yoga deve cultivar a gratidão e a generosidade, evitando a ganância e o desejo de possuir mais do que é necessário.

Brahmacharya: o controle dos sentidos

Brahmacharya é o princípio do controle dos sentidos, que envolve o uso consciente e equilibrado dos nossos sentidos. Isso inclui a moderação na alimentação, no sono, na sexualidade e em todas as outras atividades sensoriais. O praticante de yoga deve buscar o equilíbrio e a harmonia em todas as áreas da vida, evitando excessos e vícios.

Aparigraha: a não-possessividade

Aparigraha é o princípio da não-possessividade, que envolve desapegar-se das coisas materiais e emocionais. O praticante de yoga deve cultivar a desapego e a gratidão, evitando o apego excessivo às posses, aos relacionamentos e às expectativas. A prática da não-possessividade leva à liberdade e à leveza.

Niyama: os princípios comportamentais do yoga

O Niyama é o segundo membro do Ashtanga Yoga e representa os princípios comportamentais que devem ser seguidos pelos praticantes de yoga. Existem cinco princípios que compõem o Niyama: Saucha, Santosha, Tapas, Svadhyaya e Ishvara Pranidhana.

Saucha: a pureza

Saucha é o princípio da pureza, que envolve a limpeza física e mental. O praticante de yoga deve cuidar do seu corpo, da sua mente e do seu ambiente, buscando a higiene e a organização. Além disso, também envolve a purificação dos pensamentos e emoções, buscando a clareza mental e a paz interior.

Santosha: o contentamento

Santosha é o princípio do contentamento, que envolve a aceitação e a gratidão pelo momento presente. O praticante de yoga deve cultivar a satisfação com o que tem, evitando o desejo constante por mais. Isso não significa conformismo, mas sim uma atitude de apreciação e alegria pela vida como ela é.

Tapas: a disciplina

Tapas é o princípio da disciplina, que envolve o esforço e a dedicação na prática do yoga. O praticante de yoga deve cultivar a autodisciplina, a determinação e a perseverança, superando os obstáculos e os desafios que surgem no caminho. A prática do Tapas leva ao crescimento pessoal e à transformação.

Svadhyaya: o estudo de si mesmo

Svadhyaya é o princípio do estudo de si mesmo, que envolve a busca pelo autoconhecimento e pela sabedoria interior. O praticante de yoga deve dedicar tempo para refletir sobre si mesmo, suas ações e seus pensamentos, buscando compreender suas motivações e padrões de comportamento. Isso pode ser feito por meio da leitura de textos sagrados, da meditação e da prática de autoanálise.

Ishvara Pranidhana: a entrega ao divino

Ishvara Pranidhana é o princípio da entrega ao divino, que envolve confiar no fluxo da vida e aceitar que há uma força maior que governa o universo. O praticante de yoga deve cultivar a fé, a rendição e a devoção, reconhecendo que não tem controle sobre tudo e que há um propósito maior em tudo o que acontece. A prática da entrega leva à paz interior e à conexão com o divino.

Conclusão

Os princípios éticos do yoga, representados pelo Yama e Niyama, são fundamentais para a prática do yoga. Eles nos guiam em nossa jornada de autoconhecimento e transformação, ajudando-nos a cultivar qualidades como a não-violência, a verdade, a não-possessividade, a pureza, o contentamento, a disciplina, o estudo de si mesmo e a entrega ao divino. Ao incorporar esses princípios em nossa vida diária, podemos experimentar uma maior harmonia, paz e felicidade.

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